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Economia argentina tem retração em setembro e sinaliza forte desaceleração para 2023

Mundo

A atividade econômica da Argentina perdeu força em setembro,
confirmando sua tendência de estagnação e confirmando as previsões de uma forte
desaceleração no ritmo de crescimento para o próximo ano.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos
(Indec), a economia argentina sofreu retração de 0,3% em setembro em comparação
com agosto, quando o indicador havia registrado um leve aumento de 0,7%.

Já na comparação com setembro de 2021, o índice, que serve
como uma estimativa para medir a variação trimestral do Produto Interno Bruto
(PIB), avançou 4,8%, chegando ao 19º aumento interanual consecutivo.

Entretanto, esse aumento interanual registrado em setembro
representou uma desaceleração em comparação com o percentual acumulado em 12
meses medido em agosto (6,6%).

“A atividade econômica está mostrando sinais de
exaustão na última parte do ano”, apontou a empresa de consultoria Orlando
Ferreres y Asociados em um comunicado.

Já a consultora ACM, em comentário reproduzido pelo Clarín,
destacou que “a desaceleração do crescimento era esperada devido ao endurecimento
do acesso a divisas para importações, que foi adotado com o intuito de proteger
as reservas líquidas do Banco Central”. A empresa estimou que em 2022 o
crescimento da economia argentina deve ficar em torno de 4,9%.

A consultoria LCG, por sua vez, ressaltou que num cenário de
“incerteza econômica, aumento da inflação [88% no indicador interanual em
outubro] e maior custo da poupança, o consumo é antecipado e assim a demanda
impulsiona a atividade [econômica]”.

Porém, essa dinâmica pode até ser “bem-sucedida” no curto
prazo, mas “não é sustentável no longo prazo devido à deterioração da
capacidade instalada”.

De acordo com os dados oficiais, o crescimento econômico acumulado nos primeiros nove meses do ano foi de 6,2%.

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